quinta-feira, 14 de junho de 2012

A solidão é fera, a solidão devora

E hoje fez um ano da última vez que postei aqui (hoje porque estou postando de madrugada). Impressionante quanta coisa mudou. Tudo mudou. Mudei de cidade, ingressei na universidade e agora vivo uma vida bem mais solitária do que a que eu vivia...Mas no interior sou o mesmo. A nossa essência, apesar dos pesares, parece ser imutável.
Em meio a trabalhos da faculdade e madrugadas solitárias navegando, vou me construindo e desconstruindo aos poucos, morrendo e nascendo de novo. Me pergunto se algum dia vou poder bater no peito e afirmar que conquistei tantas coisas a ponto de não precisar lutar por elas, mas esse dia está tão distante que nem sequer posso enxergá-lo num horizonte distante...
E quanto aos planos, quantos deles deram certo? Será que existem realmente "marés de azar"? Não tenho problemas em desabafar isso aqui, visto que provavelmente ninguém irá ler (a não ser alguns errantes que vieram pelo google atraídos por Warhol ou Gaudi nos outros posts).
Mas no interior sou o mesmo. O mesmo cara assustado com o mundo, mas que espera muito da vida e só sabe sonhar, sonhar e sonhar...São nessas noites solitárias que esses sentimentos vêm à tona. Com a chuva batendo na janela, Pink Floyd no ouvido e na alma, e a incerteza do que se vai fazer amanhã.
E quanto àquele papo de que a solidão serve para fazer nós crescermos espiritualmente? É difícil evoluirmos quando nada dá certo. Nada. E só nos resta nós mesmos, a amargura e o sabor de fel de mais uma madrugada sozinho, com tantos e tantos desejos, tantas aspirações...
Agora só me resta escolher a música que combina mais com essa amargura:


Ás vezes sonhar tanto e apenas sonhar cansa. Cansa.
Quando se dependesse de você estaria tudo bem, mas faltam os outros.


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